terça-feira, 8 de setembro de 2009

Glandula Tiróide

A glândula tireóide se encontra na base do pescoço, abaixo do pomo de Adão. Tem a forma de uma borboleta; cada asa, ou lobo, da tireóide está presente em ambos os lados da traquéia


Doenças

Hipertiroidismo é uma doença da glândula tireóide, na qual a glândula produz em excesso os hormônios tireoidianos: tiroxina (T4), triiodotironina (T3) ou ambos. O excesso destes hormônios em circulação faz com que o organismo encontre-se com oferta excessiva destes. O hormônio tireóide é importante a nível celular, afetando praticamente todo tipo de tecido no corpo humano.

Em excesso, ele tanto estimula em excesso o metabolismo quanto exacerba os efeitos do sistema nervoso simpático, causando aceleração de vários sistemas corporais e sintomas que se parecem como uma sobredose de epinefrina (adrenalina. Podem ocorrer uma variedade de manifestações clínicas como taquicardia, perda de peso, nervosismo e tremores.

As principais causas do hipertireoidismo são a doença de Graves, a autonomia da tireóide e um aumento de hormônios tireoidianos como consequência de medicamentos.

Em casos extremos de uma crise de superfunção ameaçadora da vida fala-se de uma "crise tireotóxica" (sinônimo para tireotoxicose). O contrário do hipertireoidismo, a falta de hormônios tireoidianos, é conhecido como hipotireoidismo.

Bócio, conhecido popularmente como papo[1] , é um aumento do volume da tireóide[2]. A existência de nódulos na tireóide é também considerado bócio mesmo que não exista aumento do volume do pescoço. Causada pela falta do sal mineral Iodo, é mais comum nas mulheres.

O Cretinismo é uma deficiência mental provocada por Hipotireoidismo congênito.

Durante o desenvolvimento do recém-nascido a ausência da tiroxina, um dos hormônios da tireóide, impede o amadurecimento cerebral normal. Na maior parte das vezes é decorrência de um defeito na formação da glândula, mas pode ser devido a uma deficiência enzimática em um dos passos no processo de síntese do hormônio. A incidência da doença é em torno de 1:3000 nascimentos. A identificação da doença se faz pelo teste do pezinho, processo de triagem neonatal, a partir de uma gota de sangue retirada do calcanhar da criança. Não apresenta sinais nos primeiros meses de vida, o que torna o processo de triagem fundamental para a prevenção de uma deficiência mental.

Um recém-nascido sem glândula tireóide pode ter aparência e função normais, isso porque foi suprido com certa quantidade de tiroxina pela mãe enquanto no útero. Contudo, algumas semanas após o nascimento, se o caso não for descoberto e tratado com urgência, este bebê possivelmente começará a apresentar lentidão nos movimentos, retardo do crescimento físico e deficiência no desenvolvimento mental.

Embriologia

A glândula tiróide origina-se de uma bolsa endodérmica na faringe que surge ao 24º dia do desenvolvimento, conhecido por primórdio tiróideo. Em alguns indivíduos permanece uma ligação entre a tiróide e a língua (que se origina na mesma região), da qual ela desceu durante o desenvolvimento embrionário, que se denomina canal tiroglosso.

Fisiologia

A principal função da glândula tiróide é a produção e armazenamento de hormônios tiroidianos, T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina). A produção destes hormônios é feita após estimulação das células pelo hormônio da hipófise TSH (thyroid stimulating hormone) no receptor membranar do TSH, existente em cada célula folicular. As células intersticiais, células c, produzem calcitonina, um hormônio que leva à diminuição da concentração de cálcio no sangue (estimulando a formação óssea).

A tiróide é a única glândula endócrina que armazena o seu produto de excreção. As células foliculares sintetizam a partir de aminoácidos e Iodo (este é convertido a partir do íon iodeto presente no sangue que armazenam activamente até grandes concentrações graças a um transportador membranar específico) a proteína de alto peso molecular tiroglobulina que secretam dentro dos foliculos numa solução aquosa viscosa, o colóide. De acordo com as necessidades (e níveis de TSH), as células foliculares captam por pinocitose líquido colóide. A tiroglobulina aí presente é digerida nos lisossomas, e transformada em t3 e t4 que são libertadas no exterior do folículo para a corrente sanguínea.

A atividade das células foliculares é dependente dos níveis sanguíneos de TSH (hormona hipofisária tirotrófica). A TSH determina a taxa de secreção de t3 e t4 e estimula o crescimento e divisão das células foliculares. Esta é secretada na glândula pituitária ou hipófise. A secreção de TSH depende de muitos factores, um dos quais é o feedback negativo pelas hormonas tiroideias (grandes quantidades de t3 ou t4 são sentidas pela hipófise a a secreção de TSH é diminuída, e vice-versa).

Os hormônios tiroidianos T3 e T4 (a T3 é mais potente e grande parte da T4 é convertida em T3 nos tecidos periféricos) estimulam o metabolismo celular (são hormonas anabólicas) através de estimulação das mitocôndrias. Efeitos sistêmicos importantes são maior força de contracção cardíaca, maior atenção e ansiedade e outros devido maior velocidade do metabolismo dos tecidos. A sua carência traduz-se em déficit mental e outros distúrbios.

Regulação na secreção de T3 e T4

Tanto o estresse quanto o frio estimulam a liberação de TSH-RF (RF: Releasing Factor ou Fator de Libereção) pelo HIPOTÁLAMO, que estimulam a liberação de TSH pela ADENO-HIPOFISE, que por sua vez, estimula a TIREÓIDE a liberar T3 e T4 que aumenta a taxa do metabolismo basal.

Histologia

A glândula tireóide é constituída por um grande número de folículos (espécie de cistos microscópicos com cerca de meio milímetro de diâmetro) formados por epitélio simples de células tireóideas foliculares, produtoras de hormônios tireoideanos (T3 e T4). Entre os folículos, no interstício, estão células C (claras) ou parafoliculares, produtoras de calcitonina. Existe também tecido conjuntivo intersticial que se vai tornando mais volumoso do interior para a periferia da glândula, até se fundir com a cápsula.

Os folículos são delimitados por um epitélio cúbico simples de células foliculares. Estes secretam no interior do folículo os hormônios e outras substâncias que formam o colóide gelatinoso que se encontra no seu interior. Este colóide armazena o hormônio tireoideano, que é absorvido de novo pelas células foliculares e libertada no sangue de acordo com as necessidades do organismo. Julga-se que a arquitetura em folículos armazenadores deve-se à falta de regularidade de consumo de fontes de iodo de que sofriam os nossos antepassados.

Anatomia

A tiróide ou tireóide (termo derivado da palavra grega "escudo", devido ao seu formato) é uma das maiores glândulas endócrinas do corpo. Ela é uma estrutura de dois lobos localizada no pescoço (em frente à traquéia) e produz hormônios, principalmente tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa do metabolismo e afetam o aumento e a taxa funcional de muitos outros sistemas do corpo. O iodo é um componente essencial tanto do T3 quanto do T4. A tireóide também produz o hormônio calcitonina, que possui um papel muito importante na homeostase do cálcio. O hipertireoidismo (tireóide muito ativa) e hipotireoidismo (tireóide pouco ativa) são os problemas mais comuns da glândula tireóide.

Função da Glândula Tireóide

A função da glândula tireóide é produzir, armazenar e liberar hormônios tireoideanos na corrente sangüínea. Estes hormônios, também conhecidos como T3 e T4, agem em quase todas as células do corpo, e ajudam a controlar suas funções. Se os níveis destes hormônios tireoideanos no sangue estão baixos, seu corpo funciona mais lentamente. Esta condição se denomina hipotireoidismo. Se existe um aumento dos níveis dos hormônios tireoidianos no sangue, seu corpo trabalha mais rapidamente. Esta condição se denomina hipertireoidismo.

A quantidade de hormônios tireoideanos produzidos pela glândula tireóide é controlada por uma glândula que se encontra no cérebro, chamada pituitária ou glândula hipófise. Outra parte do cérebro, o hipotálamo, ajuda a pituitária.

  • O hipotálamo envia informação à glândula hipófise

  • A glândula hipófise por sua vez controla a glândula tireóide

A glândula tiróide, a hipófise e o hipotálamo trabalham juntos no controle da quantidade de hormônios tireoideanos no seu corpo. Com a hipófise controlando a maior parte da ação, estes órgãos trabalham de forma similar ao termostato que controla a temperatura de uma casa.

Por exemplo, assim como o termômetro de um termostato mede a temperatura de uma casa, a glândula hipófise mede em forma constante a quantidade de hormônios tireoideanos em seu sangue. Se não há suficiente hormônio, percebe a necessidade de "acender a caldeira". Isto se faz liberando mais hormônio estimulante da tireóide (TSH), que indica à tireóide que deve produzir mais hormônio. A glândula tireóide então produz e libera hormônio diretamente na corrente sanguínea.

A glândula hipófise percebe logo que a quantidade de hormônios tireoideanos em seu corpo é a correta. Com os níveis de hormônios estando dentro dos valores normais, a hipófise diminui a produção de TSH a seus valores normais.

A Glândula Tireóide

A glândula tireóide se encontra na base do pescoço, abaixo do pomo de Adão. Tem a forma de uma borboleta; cada asa, ou lobo, da tireóide está presente em ambos os lados da traquéia.
http://www.ogrupo.org.br/imagens/mensagens/glandula_tireoide_paratiroide.jpg